Rias Baixas (Espanha) 03 de Agosto 2009
Acordamos de manhazinha com o Sol a entrar no Wilma. Contamos 15 veleiros em nooso redor. A bacia rodeáda de praia e algumas rochas que se descobriam na maré baixa e marcavam a nossa posição com rigor, acompanhavavam o dançar das embarcações movidas pela cinemática das marés e das brisas fracas que , mesmo assim, se faziam sentir. Passámos a manha na praia e almoçamos a bordo com um daqueles cozinhados da Zita com tudo misturado acompanhado por um vinho tinto deixado pelo Joaquim Achando e entretanto condimentado com as navegações do Wilma desde Lisboa e que dão ao vinho aquele gosto especial. Às 16h00 levantamos ferro e, a motor, rumamos a Combarro, no extremo da Ria de Pontevedra. Sempre junto a Sul da Ria apreciamos a paisagem que nos surpreendia a todo o momento. Bonito.. muito bonito. Encostamos à excelente e novíssima marina de Cambarro às 18h00. Chegados ao porto os actos marinheiros iniciaram-se com a lavagem do convém e amuras e abastecimento do depósito de água doce. Depois daquele duche de chegada à marina e a saída, a pé, para jantar na zona típica de Cambarro com restaurantes com águas rés à Ria. Juntaram-se os 4 veleiros (Thor VI, Sail4us, Casic e Wilma ) e dali, pelas vielas antigas de Combarro contornámos os cruzeiros que se viam em cada encruzilhada e os espigueiros juntos às casas e entramos no Bar dos Esconjuros.. Ali e ao redor da mesa foi lançada aguardente e outros condimentos, açucar, café em grão, grão de bico e casca de limão. A bruxa maior ateou fogo ao caldo e esconjurou os presentes com a reza e, ao mesmo tempo, mexia o caldeirão sempre a arder e levantava a concha com o caldo flamejante a escorrer num tom quente de azul perante a concentração de todos os presentes...Um grande momento deste magnífico cruzeiro à Galiza. Antes que se tomasse aquela poncha quente cada um fez uma mexidela ao caldeirão pedindo um desejo. Já horas mortas pelas 01h00 toda a gente recolheu aos beliches. Amanhã vamos tentar ficar em Sanxenxo.